Review: Serpentine Dominion

Vamos lá: Adam Dutkiewicz  do Killswitch Engage nas guitarras/baixo e alguns backins, Shannon Lucas ex-Black Dahlia Murder cuidando da bateria e George “Corpsegrinder” Fisher do Cannibal Corpse/Monstrosity no vocal.

A minha critica ao Death Metal moderno muitas vezes é pontuada pelo vocal... a falta de originalidade ou personalidade no registro de voz dos vocalistas atuais, que não são ruins, no entanto eu definitivamente sinto falta de algo. Agora isso não é um problema para George que figura seguramente no panteão dos melhores, mais destacados e importantes vocalistas do seguimento junto a: Jeff Becerra, Tom G. Warrior, Kam Lee, Chris Reifert, Chuck Shuldiner, Kelly Shaefer, Cris Barnes, Oscar Garcia, Jeffrey Walker, Max Cavalera, Piotr "Peter" Wiwczarek, Nick Holmes, Juan Brujo, Barney Greenway, David Vincent, John Tardy, Frank Mullen, LG. Petrov, Johnny Hedlund, Matti Kärki, Ola Lindgren , Steve Rowe, Jan-Chris de Koeijer, Wagner Lamounier, Martin Schirenc , Paul Kuhr , Martin Van Drunen , Johan Hegg, Glen Benton, Bret Hoffmann, Alex Camargo, Tony Norman, Mikael Akerfeldt e tantos outros que definiram os pilares do vocal gutural. Se houvesse uma escola pra isso, certamente eles estariam entre as disciplinas.

O álbum homônino é curto, o que particularmente me agrada, já que dá o recado e capta bem o espírito de urgência que a música transmite.
Logo após uma "Intro" você já sente um solavanco com "The Vengeance in Me". Repeti várias vezes pra me certificar que não são necessários mais que 2 segundos para reconhecer o vocal animalesco de George Fisher. Essa música e algumas outras tem certas características ligadas a sonoridade do Cannibal Corpse em alguns riffs, alavancadas, e harmônicos dissonantes, ainda assim não se engane, aqui você encontra um Death Metal mais moderno, com uma produção que deixa isso bem claro.


Em "Vanquished Unto Thee" vemos pela primeira vez provavelmente a voz de George intercalada a vocais melódicos, que ficaram por conta de Adam (isso também ocorre em “Jagged Cross Legions”  e “This Endless War” inclusive. É possível que desagrade os puristas do gênero). Apesar das passagens melódicas é incrível como eles conseguem mescla-las a momentos violentíssimos de forma bem natural.

Eu ainda destacaria a faixa “On the Brink of Devastation” porque resume bem a ideia do projeto. Um instrumental intrincado, com um som de bateria cravado, seguro e com boas variações de andamento, o ótimo trabalho de guitarra de Adam e os vocais velocíssimos de George.

As letras são bem escritas e funcionaram muito bem! Os créditos vão para Jesse Leach (Killswitch Engage/Seemless) que foi escalado para tal tarefa.

O lançamento do disco ficou a cargo da Metal Blade Records.

Por: Thico Soares

0 comentários:

Postar um comentário