Sepultura fala sobre documentário de 30 anos da banda que será lançado sem participação dos cavalera


Após 30 anos de carreira, o Sepultura decidiu ter, finalmente, um documentário que contasse a história do grupo. Entretanto, sem apoio do setor privado, à princípio – após ter o projeto aceito pela Lei Rouanet –, a banda decidiu recorrer ao financiamento coletivo. Da ambição de US$ 100 mil, apenas US$ 22 mil foram alcançados, e o documentário ficou estacionado.

Em agosto do ano passado, a esposa e empresária de Max Cavalera, Gloria Cavalera, questionou a validade da participação do ex-vocalista do Sepultura no documentário, em entrevista à Rolling Stone Brasil: “O Sepultura sequer fala com Max. Por que ele deveria participar?”. Ela ainda afirmou: “Andreas e Paulo falaram merda e mentiras por 17 anos, por que Max se envolveria com ele [o documentário]?”.

Contudo, enquanto Gloria confirmou veementemente o desejo do marido de não participar, o próprio Max havia dito, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, cerca de uma semana antes: “Não fui chamado [para o doc], inclusive é a primeira vez que ouço falar sobre o assunto. Acredito que se alguém quiser fazer um documentário sobre o Sepultura, é claro que eu deveria ser convidado, pois ajudei a formar o grupo” – veja mais aqui.
“A escolha dos Cavalera de não fazer parte é uma decisão deles”, revela Kisser. “Nós respeitamos, mas não concordamos, porque a intenção do filme não é lavar roupa suja”. “Cada um tem uma opinião e a gente nunca vai chegar a um veredito porque não existe um veredito – cada um tem sua experiência naquilo que aconteceu na vida da banda”. Exaltando o material que o diretor responsável, Otavio Juliano, já possui – entre imagens e entrevistas –, o guitarrista conta que o longa-metragem está “evoluindo bem”, e “deve ser lançado no ano que bem”.
Kisser acrescenta: “A intenção é mostrar o que cada um está fazendo hoje, o porquê de a gente estar aqui depois de trinta anos, de tantas mudanças – dentro e fora da banda –, com um disco relevante. É uma história única: uma banda brasileira, de um ritmo tão extremo e duro, pesado, conquistar o que conquistamos no mundo”. “E também mostrar o que o Soulfly, o Cavalera [Conspiracy], o Mixhell, estão fazendo”.

Depois de dar a impressão de assunto encerrado, o guitarrista ainda volta a falar, em tom de lamentação: “Acho, realmente, uma pena que eles não participem. Para o próprio fã seria legal ver um depoimento deles hoje sobre o que aconteceu. É como eu disse, a intenção não é... puta, o Max já colocou tudo o que ele queria no livro dele, a versão dele está lá e ponto. É para ver o futuro. Respeitar o passado – com todas as nossas diferenças, e ver o futuro e, principalmente, o presente. Mas, enfim, cada um tem o seu motivo e eu respeito o deles. Não concordo, mas respeito”.
“Por que os irmãos Cavalera não vão participar?”, pergunto. “Tem umas 15 versões diferentes. Mas escolhe uma aí e fala que é oficial”, diz o guitarrista, antes de cair na risada.



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