Steven Adler - Preso no passado e dependente do Gn'R agora nem pode mais falar sobre a banda



Após suas participações na atual turnê de reunião dos três principais integrantes do Guns 'n Roses, Steven Adler, provavelmente após ser dispensado de participar dos shows com a banda, resolveu falar em alto e bom tom sobre como é triste tocar apenas uma ou duas musicas por noite com sua antiga banda. 

O mais triste das suas últimas entrevistas é que Steven Adler se mostrou totalmente dependente de uma banda da qual saiu desde 1990 e gravou apenas um disco. O musico parece incapaz de seguir em frente, de montar outra banda e fazer outra coisa, apenas agradece pela oportunidade que teve na esperança de ser chamado pelo Gn'R novamente o mais rápido possível. Apesar de demonstrar desaprovação por ter participado tão pouco, ao mesmo tempo, agradece e bajula muito principalmente Axl (com quem falou apenas por 10 segundos!!) para não perder outra chance, chegando até a pedir a Slash que sugira Axl uma reunião com ele e Izzy para Julho. E como resultado por ter falado demais nas últimas entrevistas, Steven que parece estar preso a um contrato com a banda, agora foi proibido de falar qualquer coisa a respeito e comentar sobre a reunião. 

Por fim, nessa história precisamos sempre ter em mente que o Gn'R é uma empresa gigante, possui um dono, rende milhões, o profissionalismo e os negócios com certeza imperam sobre a amizade e Steven Adler até poucos anos atrás se mostrou totalmente irresponsável quando em turnê pelo japão com o Loaded, banda de Duff, mal conseguiu tocar em algumas noites por causa de sua dependência química, o que queimou ainda mais sua imagem com o restante do grupo. Talvez não haja a quem culpar aqui, mas até o momento a empresa de Axl Rose não quer o funcionário Steven Adler e o baterista se sujeita a qualquer situação para retornar a banda.  



Segue abaixo uma compilação das entrevistas de Steven Adler amplamente já divulgadas em outros sites em momentos diferentes, todas de 2017, que serviram de base para a matéria:

Como foi tocar com Axl, Slash e Duff McKagan pela primeira vez após 26 anos:

Adler: "Foi tipo 'Graças a Deus por este maravilhoso presente'. Vinha praticando 25 músicas do 'Appetite' e 'Use Your Illusion' duas vezes por dia durante dois anos, pois quando percebi que a reunião provavelmente aconteceria eu queria estar em ponto de bala. Daí no segundo ensaio com a banda, machuquei meu ombro e passei por uma pequena cirurgia. Depois que fiquei pedi pra voltar, mas não aconteceu e eu fiquei ressentido. Mas decidi não manter este sentimento e eis que me chamaram e foi um sonho realizado tocar para milhares de pssoas com Slash e Duff e Axl. Eu gostaria que Izzy (Stradlin) também estivesse presente mas tudo bem, graças a Deus, era algo que eu aguardava por 26 anos. Todo dia as pessoas - e não eram apenas uma ou duas, mas cinco, seis, dez, dezenas de pessoas quando eu fazia um show - me perguntavam 'quando vocês vão voltar?' Eu gostaria que nunca tivéssemos nos separado".

Se ele sabia já nos ensaios que tocaria apenas uma ou duas músicas:

Adler: "Eu entendi que tocaria todo o material do 'Appetite', do 'Lies' e três ou quatro músicas do 'Use Your Illusion', e então Frank (Ferrer), que é um sujeito fantástico, faria a parte do 'Chinese Democracy' e outras músicas... eu começaria o show, ele entraria no meio e eu finalizaria. Pra mim estava maravilhoso deste jeito".

Quando ele percebeu que os planos haviam mudado:

Adler: "Eu estava pronto para fazer o show no Troubadour (dia 1º de abril de 2016). Como eu disse, vinha ensaiando 25 músicas por dia nos últimos dois anos, estava pronto pra tocar. Ensaiei em janeiro, fevereiro, março. E então naquele ensaio eu me machuquei. Foi terrível. Fiquei fora por duas semanas, operei e me recuperei, estava pronto para o Troubadour e Duff me chamou e disse 'Cara, você não vai mais tocar conosco. Você não vai fazer estes shows'. Fiquei muito puto com ele, xinguei e disse que ele era a pior pessoa do mundo. Depois tentei falar com ele novamente e deixei uma mensagem pedindo desculpas pelo que eu tinha dito. Na verdade eu não queria dizer que ele era a pior pessoa do mundo mas sim que eu era esta pessoa, por não conseguir tocar com os caras depois deles me oferecerem a oportunidade. Mas acabei dizendo isto para ele. E quando você guarda mágoas acaba dizendo o que sente, e eu disse aquilo pra ele mas era sobre mim. Ele sabe que eu o amo mais que tudo, e eu me desculpei com Duff, fizemos shows juntos ano passado e ele entendeu o que aconteceu".

Por que ele tocou apenas uma música com o Guns N' Roses nos dois shows em Buenos Aires, na Argentina:

Adler: "Eu estava lá com minha esposa (que é argentina), sua família, seus pais, irmãs, sobrinhas, tios, e Axl disse 'Mas que diabos ele está fazendo aqui? Ele não deveria tocar só amanhã?'. Eu pedi desculpas e disse que tinha voado 15 mil milhas pra estar ali. Daí a banda tocou mais algumas músicas e eu subi ao palco, ele me apresentou, toquei uma música e eles apagaram as luzes atrás de mim. Fui pra trás do kit de bateria pensando 'Que diabos acontece?'. E toda a equipe técnica veio me abraçar e parabenizar 'Cara, nós te amamos, Steve. Está tudo bem'. Eram umas vinte pessoas falando comigo. E na noite seguinte toquei mais uma música. Não quero falar sobre outras coisas. O que quero guardar de lembrança é que eu e minha mulher estávamos juntos com sua família após 15 anos. Eu obviamente compreendi mal, achei que eu deveria viajar pra Austrália e Japão e Tailândia. Eu disse 'Sim, adorarei fazer estes shows'. Mas explicaram que eu deveria escolher apenas um deles, e eu disse que não podia escolher. Mas é como eu disse, estive próximo deles e sou grato pelo que vivi".

Se ele mantém algum ressentimento com os caras do Guns N' Roses:

Adler: "Não, não, não, de forma alguma. Amo aqueles caras. As coisas são como são. Eu gostaria que fôssemos nós cinco participando da turnê, mas as coisas são como Axl quer que sejam, e eu o respeito por isto. Sou grato por ter participado das coisas quando eram divertidas e empolgantes. Foi mágico quando estávamos juntos (no final dos anos 80). Naquela época, mesmo nossos piores shows eram grandiosos, era tudo mágico, especial. Fui abençoado e presenteado de ter feito parte daquilo. Tenho muito orgulho, carregarei este sentimento até morrer, e estou bem com isto (risos)".

Se não há mais possibilidade dele tocar com o Guns N' Roses:

Adler: "Se eles quiserem fazer da maneira certa, com os cinco (integrantes da formação clássica)... E, como eu disse, não me importo de compartilhar o palco com Frank, desde que eu toque minhas músicas, não me importo. Mas se formos nós cinco eu estou dentro! Adoro aqueles caras, tenho orgulho do que fizemos... e como nós cinco ainda estamos vivos, acho que deveríamos tocar para nossos fãs, dar a eles o que querem".

Sobre o momento que falou com Axl: 

"Falei com ele por apenas dez segundos, literalmente. A primeira noite que toquei em Cincinnati eu ganhei um aperto de mãos e um sorriso, e foi o suficiente pra mim. E então em Los Angeles eu lhe dei um pequeno abraço e apertei sua mão e disse que o amo e ele é foda e agradeci por me dar a oportunidade. E depois ele seguiu o caminho dele e eu fui fazer minhas coisas. Desde então estou curtindo aquilo. Ele é Axl Rose. Ele se entrega muito, transmite muito sentimento, é um monstro no palco, então precisa descansar pelo menos uma hora após os shows. E Slash e Duff são muito divertidos. Quando estivemos juntos nos ensaios o pessoal dizia que eu preciso aparecer mais, pois eles dão muitas risadas quando eu estou lá. Eu disse que adoraria, mas as coisas são como são".

Sobre a proibição de falar sobre o Guns

"Tive a melhor experiência de minha vida tocando com eles no ano passado. Gostaria que Izzy (Stradlin, guitarrista) também estivesse presente, mas foi excelente já que pude finalmente encerrar um ciclo, foi maravilhoso. Não tenho mais nada a dizer, sinto muito de fato. Isto é tudo que posso te contar, não há mais nada. Eu literalmente, literal e honestamente, não posso sequer te dizer o motivo pelo qual não posso falar mais nada. Literalmente, okay? Não posso mesmo, simplesmente não posso".




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